BENTO BENTO DEIXA CAIR JOANA LINA, NÃO SE FALAM HÁ MAIS DE 20 ANOS

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Segundo avança o Club-K,  a exoneração de Joana Lina Ramos Baptista Cândido, do cargo de Governadora da Província de Luanda foi precipitada no seguimento de uma fricção com o recém ressuscitado primeiro Secretario Provincial do MPLA, Bento Joaquim Sebastião Francisco Bento. A fonte da fricção foi uma marcha realizada sábado que visou enaltecer a figura Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço.

Avança  ainda o Club-K, tudo começou quando no passado dia 23 de Junho, Bento Francisco Bento escreveu a então governadora uma carta convocando-a para se fazer presente da marcha agendada para sábado dia 26. Em reação, Joana Lina, pediu ao director do seu gabinete, Edilson Paulo Agostinho, para que elaborasse uma resposta dizendo a Bento Bento, que não iria sair neste dia por motivos da pandemia.

Paralelamente, Joana Lina endereçou uma outra carta aos órgãos de defesa e ordem pública  comunicando que nada tem a ver com a referida marcha orientando que se fizesse cumprir a lei, tendo em conta a existência de um decreto presidencial que desaconselhava ao agrupamento de pessoas, como medida de contenção a propagação do vírus da Covid-19.

Segundo soube o Club-K,  Joana Lina pretendia apenas que o seu colega de partido respeitasse a lei, face as regras novo decreto presidencial sobre a situação de calamidade relativa à Covid-19 que entrou em vigor a 9 de Junho, prolongando-se por mais 30 dias.

Bento Bento e Joana Lina, ambos nascidos em Camabatela, província do Kwanza-norte, tem problemas antigos do passado. Não se falam há mais de 20 anos. Depois de tomar conhecimento que a então governadora ordenou aos órgãos de segurança e ordem pública para fazerem cumprir a lei, face a marcha, Bento Bento, interpretou que a sua “arqui-inimiga” estava, em outras palavras, a instruiu a polícia para lhe bater.

Depois da realização da marcha, realizou uma reunião partidária de balanço, explicando que no dia da atividade colocou-se mesmo a frente da multidão (militantes) para testar se seria agredido pela Polícia Nacional. Esclareceu também que não eram nenhum “tolo” para fazer uma marcha daquela pois a mesma mereceu aprovação superior, e que o objetivo foi fazer desde o seu regresso a frente do partido, em Luanda, uma demonstração de força a UNITA.

 Na mesma reunião, pontuou que não se conformava em ficar quieto quando rolavam informações de que um grupo de jovens ameaçava fazer manifestação indo até ao palácio presidencial.

 Por seu turno, o Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço, ao tomar conhecimento que a governadora Joana Lina, estava a dar sinais de se opor a realização de uma marcha de exaltação a sua figura, aconselhou-se com os seus pares para uma tomada de posição.

 Manuel Tavares de Almeida, Ministro das Obras Públicas e Ordenamento do Território, terá sido um dos contactados propondo ao Chefe de Estado, a indicação da sua Secretaria de Estado, Ana Paula Chantre Luna de Carvalho como nova inclina do palácio do governo provincial de Luanda.

Fonte: Club-k.net

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