A Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA) notificou à Federação Angolana de Futebol (FAF) em Dezembro último, devido a uma queixa apresentada pelo Kabuscorp do Palanca ao Tribunal Arbitral dos Desportos (TAD), alegando perseguição por parte do órgão reitor da modalidade no país.
Através do seu Advogado o Kabuscorp deu entrada de requerimentos, que visam anular as decisões ilegais da Federação Angolana de Futebol contra o Kabuscorp e o senhor Bento Kangamba, Presidente do clube.
Entretanto lembramos que sobre o mesmo processo, a Terceira Secção do Cível e Administrativo do Tribunal Provincial de Comarca de Luanda suspendeu, a deliberação do Conselho Jurisdicional da Federação Angolana de Futebol (FAF) após providência cautelar apresentada pelo Kabuscorp do Palanca.
Com esta decisão, a FAF não pode executar a deliberação do Conselho Jurisdicional (CJ) que decidiu pelo rebaixamento à segunda divisão do clube do Palanca, habilitando-o a participar no 46º Campeonato Nacional “Girabola2023-24” que neste momento decorre.
O mesmo documento refere que o presidente da colectividade, Bento Kangamba, foi igualmente despenalizado, até decisão definitiva, depois de o CJ ter mantido a suspensão de quatro anos de toda actividade desportiva.
De lembrar que o CJ havia atenuado as penas aplicadas ao Petro de Luanda e à Académica do Lobito e manteve a sanção ao Kabuscorp do Palanca, na sequência de denúncias de casos de corrupção, num áudio que viralizou nas redes sociais.
As duas equipas foram condenadas a pagar uma multa de 4.000 UCF (1 UCF equivale a 88 Kz), contra a anterior decisão do Conselho de Disciplina (CD) que as suspendia por dois anos de toda as provas.
O CJ, no entanto, julgou improcedentes os recursos de anulação da decisão proferida contra o treinador da Académica do Lobito, matendo a suspensão de quatro anos aplicada contra Agostinho Tramagal, que deverá, igualmente, pagar uma multa de 6.000.