Abordados esta segunda-feira pela Angop, disseram que muitas plantações de feijão cultivadas após o fim da época chuvosa (em Maio) estão a secar devido ao sol abrasador que se faz sentir todos os dias no município sede.
Isabel Nsimba, camponesa, disse que previa colher quantidades avultadas de feijão, a julgar pela sementeira lançada à terra, mas devido à destruição de grande parte das plantações, esta meta ficou aquém das expectativas.
“Geralmente, as culturas de feijão crescem e produzem mais quando há muito nevoeiro, o que não está a acontecer nesta época de cacimbo no nosso município”, referiu.
António Sozinho, agricultor, disse que a situação afecta não só àqueles que semearam o feijão em zonas altas como também os que cultivaram em localidades baixas.
Considerou um fenómeno atípico, frisando que desde o início da época de cacimbo, o município de Mbanza Kongo está a ser assolado por uma vaga de calor que está a destruir as culturas de cereais, com destaque para o feijão, legume.
“São culturas de pouca duração (três meses) que têm nos ajudado na dieta alimentar, cujo excedente é comercializado”, sublinhou.
Por sua vez, Suzana Mankenda mostrou-se preocupada com o fenómeno, antevendo uma escassez de cereais nos próximos dias.
Para si, as plantações de feijão desenvolvem mais quando há abundância de nevoeiro, o contrário atrofiam-se.
O município de Mbanza Kongo é potencialmente agrícola, sendo a mandioca, a jinguba, milho, feijão, batata-doce, gergelim, banana e citrinos, os produtos mais cultivados.