Autoridades namibianas “solidárias” com Isabel dos Santos

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Apesar dos pesares, Isabel dos Santos tem os seus “trunfos”. É assim que, o Presidente namibiano, Hage Geingob, não cedeu a pressões de Luanda, no sentido de arrestar o banco BIC da Namíbia, no qual a empresária Isabel dos Santos detém 42,5%.

Segundo fonte bem informada, uma corrente do partido no poder, Swapo, pressionou o estadista namibiano para não se envolver “na campanha” contra a família de José Eduardo dos Santos.
O antigo presidente namibiano, Sam Nujoma, amigo de José Eduardo dos Santos, é, de acordo com a fonte, o líder do movimento que influenciou a decisão do presidente Geingob.
A empresária Isabel dos Santos é filha primogénita de José Eduardo dos Santos, antigo Presidente de Angola. Durante o consulado do pai, desenvolveu uma rede de negócios que se estendeu por vários países, dentro e fora do continente africano.
Recorde-se que, foi dona de um império internacional que se estendia da banca às telecomunicações, passando pelo cimento e pelo petróleo e, assim sendo, Isabel dos Santos chegou a ser considerada a mulher mais rica de África, com uma fortuna estimada em 3,4 mil milhões de dólares.
A contas com a justiça em Angola e Portugal, Isabel dos Santos viu a sua participação em empresas que lhe permitiram entrar no clube dos mais ricos arrestadas. Atualmente Isabel dos Santos já não faz parte da lista da FORBES sobre os mais ricos do mundo.
Este revés poderá afetar o percurso empresarial de Isabel dos Santos, que começou em 1996 – como dona de um restaurante e clube nocturno em Luanda, o Miami Beach Club – e que inclui participações na banca em Angola (Banco de Fomento Angola) e em Portugal (BPI), BIC em Angola, EuroBic em Portugal, na sociedade de cimentos angolana Cimangola, nas telecomunicações em Angola (Unitel) e em Portugal (Nos) e Zap em Angola, no ramo petrolífero em Portugal (Galp), rede de supermercados Candado em Angola.
Em 2013, a revista norte-americana Forbes noticiava que Isabel dos Santos se tinha tornado na primeira mulher bilionária em África. Quatro anos depois estimava a sua fortuna pessoal em 3,4 mil milhões de dólares, mais do que qualquer outra mulher no continente africano.
Pelo meio, inúmeros “títulos” na imprensa internacional: o britânico Guardian chamava-lhe “Princesa”, o espanhol El País “Rainha de África e Imperatriz de Portugal”, o Le Monde comparava-a a uma “oligarca russa”.
Visto que eram essas as participações que lhe davam o titulo de bilionária, Isabel dos Santos está “oficialmente pobre”, mas engana-se quem pensa que esta realidade a coloca na miséria.
Isabel dos Santos ainda tem muito dinheiro não declarado que resultou da venda de diamantes na qualidade de vendedora exclusiva deste mineral. Durante muitos anos, Isabel facturou milhões sem declarar o destino dos dividendos que dai advinham.

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