-Camarada Crispiniano dos Santos
Primeiro Secretário do Comité Nacional da JMPLA
-Camaradas Membros do Secretariado Nacional da JMPLA
-Caros Delegados ao IX Congresso Ordinário da JMPLA
-Estimados Convidados
-Jovens Angolanos
- Angolanas e Angolanos
Gostaria de agradecer o convite que me foi endereçado para fazer a abertura solene deste IX Congresso Ordinário da JMPLA, organização juvenil do MPLA e por isso o verdadeiro viveiro, forjador dos quadros de que o Partido e a Nação necessitam para o seu desenvolvimento.
Aproveito esta ocasião para saudar calorosamente os delegados a este Congresso, toda a massa juvenil do Partido e por vosso intermédio todos os jovens angolanos no geral.
Na natureza, para se ter uma planta de qualidade que garanta a colheita de bons frutos, precisamos de cuidar da semente, da muda enquanto estiver no viveiro, antes de o transplantar. Na política, se quisermos ter um bom militante do MPLA, precisamos de cuidar dele enquanto jovem da JMPLA que começa a dar os primeiros passos na política.
O MPLA, sempre valorizou e apostou no grande potencial dos nossos jovens, preparando-os para enfrentar e superar os grandes desafios que o Partido e a sociedade apresentam em cada etapa da nossa história.
Os membros da JMPLA e no geral os jovens angolanos, nunca defraudaram a confiança e as expectativas neles depositadas pelo Partido e pela Nação angolana.
Eles foram participantes ativos da luta de libertação nacional, da luta pela defesa da integridade territorial e da soberania nacional, contribuem na reconstrução nacional, no desenvolvimento económico e social do país e para todas as conquistas alcançadas em todos os domínios.
Na defesa da pátria, na economia, na cultura, na educação e ensino, na ciência, na inovação, no desporto, na construção da paz e da reconciliação nacional, na diplomacia e em outros domínios não menos importantes, os jovens souberam sempre levantar bem alto o bom nome de Angola.
-Caros Camaradas
-Caros delegados
-Jovens angolanos
O país completa dentro de dias, cinquenta anos de Independência Nacional, que pretendemos comemorar com todo entusiasmo, alegria e energia positiva que a circunstância recomenda.
Os partidos políticos, as igrejas, as organizações da sociedade civil e os cidadãos patriotas e comprometidos com as causas nobres da nação, vão participar entusiasticamente nas atividades programadas, para render homenagem aos nossos ancestrais e a todos aqueles que com sacrifícios incomensuráveis, com sangue, suor e lágrimas, tornaram possível após cinco séculos de humilhação, quebrar as grilhetas da opressão colonial.
Vamos refletir sobre a Angola que queremos e teremos nos próximos cinquenta anos e quê papel está reservado aos jovens de hoje e de amanhã.
É nossa missão como Partido, mas também como vossos mais velhos, preparar-vos para assumirem vossas responsabilidades, de preferência melhor do que nós o fizemos e estamos a fazê-lo hoje, porque as gerações mais novas, devem aspirar sempre superar o desempenho das gerações mais velhas.
A formação académica, a profissional, mas também a desportiva e cívica, são peças-chave para alcançarmos este objetivo de preparação, lançamento e promoção dos profissionais, dos líderes associativos, mas também dos líderes políticos e governantes de que Angola necessita para hoje e amanhã.
Vivemos atualmente num mundo digital dominado pelas tecnologias de informação e comunicação, com a inteligência artificial com os seus méritos e ameaças em franco crescimento, domínios onde os mais jovens se sentem à vontade pela facilidade de aprendizagem e adaptação mais rápida que têm.
É sob este pano de fundo das TICs, da digitalização, da industrialização, que mais facilmente vamos diversificar nossa economia, aumentar a produção nacional, aumentar as exportações e a oferta de postos de trabalho.
Fica assim mais clara a necessidade da aposta nos jovens, se queremos dar o salto decisivo na nossa economia e no desenvolvimento integral do nosso país. Contamos com a vossa contribuição, para ajudarem o Executivo a encontrar as melhores soluções para os problemas que afligem a juventude, como a educação, o emprego, a inserção no mundo dos negócios e a habitação entre outros.
-Caros Camaradas
-Caros Delegados
-Angolanas e Angolanos
Este Congresso Ordinário, vai eleger novos órgãos diretivos da Organização juvenil do Partido, o seu Primeiro Secretário Nacional e o novo Comité Nacional que com certeza fará da JMPLA, uma organização mais dinâmica, inclusiva e cada vês mais próxima dos jovens angolanos e da sociedade angolana no geral.
Queremos uma JMPLA que reflita a esperança e os anseios do jovem angolano, que promova a ética e o civismo, o patriotismo, a tolerância política e o respeito aos velhos, mulheres e crianças e aos mais vulneráveis.
Queremos ver os jovens na frente de combate contra a vandalização de bens públicos, contra o tráfico e contrabando de bens, contra a droga e o alcoolismo, contra o desrespeito dos símbolos nacionais, a profanação de campas nos cemitérios, contra a violência doméstica e os maus tratos às crianças, contra a prática do crime no geral.
Queremos uma JMPLA comprometida com o ambiente, com as alterações climáticas, suas consequências e formas de mitigá-las, uma JMPLA que cuide da educação do jovem para a necessidade da proteção do ambiente, promovendo campanhas de trabalho voluntário de recolha de lixo e do plástico em particular, campanhas de reflorestação de mangais e de outras espécies em áreas desmatadas, ou ainda em programas de proteção de espécies animais ameaçadas pela caça furtiva ou em vias de extinção.
-Caros Camaradas
-Caros Delegados
-Minhas Senhoras, Meus Senhores
Todos nós gostaríamos de viver num mundo de paz e harmonia entre os povos e as nações, só possível de acontecer se cada cidadão deste nosso planeta fizer a sua parte lutando para se alcançar esse momento.
A paz e segurança globais, são um assunto sério demais para se deixar apenas nas mãos dos políticos, governantes e estadistas.
Este é um assunto que a todos diz respeito, aos jovens, às mulheres, organizações da sociedade civil, líderes religiosos e comunitários e por isso todos devem juntar esforços e lutar por algo que nos é precioso, por ser fundamental para o desenvolvimento das nações, a paz.
Precisamos de dedicar recursos humanos, financeiros, materiais, avanços tecnológicos e científicos, ao serviço da resolução dos problemas que afligem a humanidade, como a pobreza, a fome e a miséria, as doenças, endemias e pandemias e o desemprego.
Os avultados recursos gastos nas guerras, poderiam ser canalizados para a construção de infraestruturas rodoviárias, ferroviárias, portuárias e aeroportuárias, hospitais, escolas, infraestruturas de produção e distribuição de água e energia, podia se eletrificar e industrializar o nosso continente e outras zonas pouco desenvolvidas do nosso planeta.
Precisamos por isso de incutir nos nossos jovens a cultura da paz, como o viemos fazendo com a Bienal de Luanda e o empenho de Angola na resolução de conflitos.
Os nossos jovens devem se interessar e procurar acompanhar a evolução da situação política internacional, as relações entre Estados e blocos económicos regionais, a correlação de forças na arena internacional, os conflitos existentes e latentes, procurando ter uma análise crítica baseada nos princípios da Carta das Nações Unidas, da Independência e Soberania dos Estados, da inviolabilidade de suas fronteiras, da autodeterminação dos povos, do respeito das convenções internacionais, nomeadamente da Convenção de Genebra, do direito humanitário em cenários de guerra, procurando estar sempre do lado da justiça, da verdade, da defesa dos civis inocentes e dos mais vulneráveis.
Neste momento crítico que o mundo vive, os jovens não podem ficar indiferentes ao sofrimento dos povos do Congo Democrático, do Sudão, da Ucrânia e da Palestina, vítimas de conflitos armados que devastam as infraestruturas habitacionais, escolares, hospitalares e outras, provocam milhares de mortos e feridos, milhares de deslocados internos e refugiados para os países vizinhos, chegando mesmo num dos casos a atingir níveis de verdadeiro e autêntico genocídio.
-Caros Camaradas
-Caros delegados
-Jovens Angolanos
Tal como a educação, o ensino e a formação técnico-profissional, o desporto forja o caráter e afasta os jovens das más práticas sociais, preparando-os para enfrentar os grandes desafios da vida.
Ao longo dos anos, os jovens angolanos envolvidos na prática desportiva em diferentes modalidades, têm alegrado e orgulhado os angolanos e o país, nas competições nacionais e internacionais em que participam.
O país vem acumulando muitas taças e medalhas em diferentes modalidades desportivas, com destaque para o basquetebol, handebol, voleibol, tênis, artes marciais mistas, judo, karatê, jiu-jitsu, natação, futebol, atletismo, desporto paraolímpico e xadrez.
No futebol, desde o CAN da Côte D’Ivoire que nossa seleção descolou e se encontra de forma ascendente motivada para ter uma melhor prestação no CAN de Marrocos. Depositamos toda nossa confiança nos nossos jovens jogadores e equipa técnica dos Palancas.
Aproveitando este bom momento da nossa seleção, entendemos no quadro das comemorações do quinquagésimo aniversário da Independência Nacional, convidar a seleção argentina de futebol, a seleção dos gigantes do futebol mundial Diego Maradona e Leonel Messi, para vir a Angola no próximo ano jogar contra os nossos Palancas.
As negociações estão no essencial encerradas, o que nos permite aproveitar este encontro de jovens, para dar a boa nova, que com certeza alegrará os amantes do futebol, os amantes do desporto e de uma maneira geral os angolanos, se tivermos em conta que no caso de Angola, o desporto de massas que corre nas nossas veias, que nasce e cresce conosco no bairro, na aldeia, é sem sombra de dúvidas o futebol, sem querer minimizar a importância e mérito das outras modalidades.
Com estas palavras, permitam-me desejar que os trabalhos deste IX Congresso Ordinário da JMPLA, decorram num ambiente de alegria e festa, que tomem as melhores decisões em prol do fortalecimento da organização, em prol da defesa dos interesses dos jovens angolanos.
Muito Obrigado a todos.