Fernanda Renée, a jovem angolana que nunca permitiu que os flamingos que simbolizam a identidade da sua cidade natal virasse apenas história e partiu para a defesa das zonas humidas na orla costeira de Angola, é a nomeada pela convenção de Ramsar como a *Jovem Campeã das Zonas Úmidas do mundo* acompanhado de um prêmio de 10.000 USD
Com a sua determinação na proteção, conservação e restauração das zonas humidas, em particular dos mangais, Fernanda Renée inspirou milhares de voluntários a juntarem a sua voz e mão de obra voluntária a salvar o habitat dos flamingos no Lobito, a devolver as zonas de subsistência das comunidades de pescadores em Luanda, a reduzir e evitar a extinção das espécies marinhas no Bengo, e a alertar sobre os perigos da degradação dos mangais em Cabinda e no Zaire através da realização de várias expedições científicas
Dos milhares de voluntários inspirados pela defesa das zonas humidas em Angola, consta o mais alto mandatário da Nação, o Presidente da República de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço que deixou o Palácio Presidêncial para participar na reflorestação dos mangais com os jovens voluntários da OTCHIVA e testemunhar o lançamento do primeiro Projecto em Angola de créditos de carbono provenientes de ecossistemas naturais financiado pela SONANGOL no âmbito da redução dos gases dos efeitos estufa, uma vez que os mangais para além de constituírem o berçário da vida marinha, as suas florestas absorvem mais Dióxido de Carbono do que qualquer outra floresta terrestre, o que torna estes ecossistemas humidos cruciais no combate às alterações climáticas.
Rainha dos mangais como é carinhosamente chamada, Fernanda Renée, 29 anos de idade, coloca assim o nome de Angola no mundo a ser reconhecido também como um país amigo do ambiente, apostado seriamente na verdadeira reconciliação com a mãe natureza.