Em comunicado, Trump anunciou que os advogados David Schoen e Bruce Castor vão passar a dirigir a sua equipa de defesa.
De acordo com a agência de notícias Associated Press (AP), Bruce Castor, antigo procurador na Pensilvânia, foi criticado pela decisão de não acusar o ator e apresentador norte-americano Bill Cosby num caso de abuso sexual.
Schoen, conhecido comentador televisivo em assuntos jurídicos, fez carreira na defesa em processos crime a nível federal, incluindo processos de “colarinhos brancos e outros casos complexos”, de acordo com a nota.
Os dois causídicos são da opinião que a destituição é inconstitucional, segundo o comunicado.
O anúncio surge um dia depois de cinco advogados de Trump abandonarem a equipa do milionário norte-americano, incluindo Butch Bowers e Deborah Barbier, na sequência de divergências sobre a direção do caso, indicou no sábado a CNN, que citou fonte anónimas.
A cadeia de televisão norte-americana indicou que Trump pretendia que os advogados continuassem a defender a tese da existência de uma fraude maciça nas eleições presidenciais, ao invés de se concentrarem na legalidade de um processo contra um Presidente que já não se encontra em funções.
O processo de Donald Trump por “incitação à insurreição”, na sequência da invasão do Capitólio, em 06 de janeiro, por apoiantes do ex-Presidente, deve começar em 09 de fevereiro.
Para fazer avançar o processo, é necessária uma maioria de dois terços, ou seja, 67 senadores, mas apenas cinco senadores republicanos afirmaram, até agora, estarem prontos a apoiar os 50 senadores democratas a favor da destituição.
Uma moção de censura, menos grave, requer o voto de pelo menos dez senadores republicanos para ter a possibilidade de ser adotada, o que alguns observadores consideraram ser viável.
Único Presidente norte-americano a ser duas vezes alvo de um processo de destituição, Trump será também o primeiro chefe de Estado visado por este processo depois do final do mandato.
Caso seja condenado, o Senado poderá impedi-lo de voltar a assumir a presidência no futuro, ditando o fim da sua carreira política.