Em mensagem dirigida à Nação sobre as vítimas dos conflitos políticos, no período entre 11 de Novembro de 1975 e 04 de Abril de 2002, o Titular do Poder Executivo aclarou que este pedido público de desculpas e de perdão não se resume a simples palavras.
“Ele reflecte o nosso sincero arrependimento e vontade de pôr fim a angústia que ao longo destes anos as famílias carregam consigo, por falta de informação sobre o destino dado aos seus ente queridos”, exprimiu.
Na opinião do Empresário Jorge Baptista, em entrevista a TV BELA, que por sinal perdeu, o pai no trágico massacre de 1977, na Província do Uige.
Para Jorge Baptista, O presidente cumpriu com um dever a muito esperado pelos familiares das vítimas do 27 de maio e outros atos condenáveis na história de Angola, mas, não devia citar nomes, exaltou meia dúzia de cidadão e esqueceu-se que foram milhares os assassinados injustamente. Esse processo é longo e não se resolve com palavras sentidas do actual chefe de estado, Exprimiu Jorge Baptista
Lembrar que, Fraccionismo foi o nome dado ao movimento político Angolano, liderado por Nito Alves, ex-dirigente do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), no poder desde a independência do país. O movimento articulou-se como dissidência no seio do MPLA após a independência de Angola, em oposição ao Presidente Agostinho Neto, e lançou em Luanda uma tentativa de golpe de Estado a 27 de maio de 1977.
O golpe fracassou devido ao apoio das FAR (forças cubanas estacionadas em Angola). Após um breve período de acalmia que parecia indicar estar tudo solucionado, deu-se um atentado à vida do Presidente Agostinho Neto, que levou a um período de dois anos de perseguição de seguidores e simpatizantes de Nito Alves (ou suspeitos de o serem), resultando em milhares de mortos.