FESTIKONGO 2021, RESERVA EXPOSIÇÕES E CONFERÊNCIAS SOBRE MBANZA KONGO: CIDADE PATRIMÓNIO MUNDIAL.

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De acordo com o coordenador adjunto do Comité de Gestão Participativa do Centro Histórico, Biluka Nsakala Nsenga, está também previsto um culto ecuménico, em homenagem a profetisa Kimpa Vita, uma figura espiritual representativa do antigo Reino do Kongo.

Explicou que a conferência será realizada em formato virtual devido as limitações impostas pela Covid-19, devendo contar com a participação de especialistas nacionais e estrangeiros.

O Festikongo é uma recomendação feita pela UNESCO aquando da inscrição de Mbanza Kongo na lista do Património Cultural da Humanidade, em 08 de Julho de 2017, que previa a realização de três edições anuais consecutivas, nesta cidade.

O propósito é de fomentar o desenvolvimento sustentável e unir os povos do mosaico cultural Kongo e não só, assim como a troca de experiência entre si nos mais variados domínios.

A primeira edição realizou-se em Julho de 2019 para celebrar o segundo aniversário da inscrição desta cidade pela UNESCO. Previa-se a realização da segunda edição em 2020, adiada devido ao surgimento e a propagação da pandemia da covid-19.

Comité de Gestão recebe Kz sete milhões/mês para benfeitorias

Por outro lado, Biluka Nsakala Nsenga informou que o Comité de Gestão Participativa do Centro Histórico de Mbanza Kongo recebe, mensalmente, sete milhões de Kwanzas para trabalhos de manutenção e conservação dos atributos culturais locais que permitiram a inscrição desta cidade.

Precisou que o dinheiro tem sido gasto para a limpeza e conservação dos monumentos, nomeadamente Kulumbimbi, Cemitério dos Reis do Kongo, túmulo de Dona Mpolo, Tady Dia Bukikwa, Nsungi a Tadi, entre outros.

Segundo o responsável, a sociedade civil, no município, tem prestado também o seu apoio nesta actividade.

Entretanto, alguns munícipes que falaram à ANGOP entendem que o valor que o Comité de Gestão recebe podia servir para outras acções em prol da divulgação e promoção do potencial cultural e artístico da localidade.

“Não é possível que sete milhões sirvam apenas para pagar salários dos que limpam os sítios e monumentos históricos e membros do referido comité de gestão”, disse o estudante António Mwanza.

Na visão do estudante, este valor, se bem gerido, pode chegar para promover, regularmente, workshops ou conferências para abordar diversos temas relativos ao Património Mundial.

Justificou que a realização de conferências ou colóquios ajudaria esclarecer aos munícipes, a importância de um património mundial e o seu impacto na melhoria da sua condição de vida.

Os munícipes devem ser envolvidos neste projecto, para incutir neles o espírito de auto pertença”, defendeu.

Os valores culturais (materiais e imateriais) deste antigo centro político e administrativo do Reino do Kongo são considerados atributos excepcionais que datam antes da chegada da colonização portuguesa, em 1482.

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