O DIRIGENTE QUE TRATAVA SAVIMBI POR “QUERIDO PRESIDENTE” AGORA É MEMBRO DO CONSELHO DA REPÚBLICA

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Jorge Alicerces Valentim, assume aos 84 anos de idade as funções de membro do conselho da Republica designado pelo Presidente João Lourenço. Foi durante décadas militante da UNITA, o partido a que largou há 18 anos para se colocar a disposição da guilhotina do regime contra o “Galo Negro”. escreveu o jornalista José Gama na sua pagina do facebook.
 Jorge  Valentim Na UNITA, seu antigo partido ficou notado pelas habilidades de exaltação a figura de Savimbi tornando-se no único ou dos poucos que tratava o chefe por “querido Presidente”. Conheceu Savimbi na adolescência, e mais tarde viriam a se reencontrar na Suíça, onde Valentim dirigia um jornal. Quando a UNITA regressou das matas em 1992, era o notado ministro da informação da guerrilha, função que viria ocupar em substituição de Wilson dos Santos, caído em desgraça, Segundo o Jornalista José Gama.
José Gama adiantou, que foi nas vestes de porta-voz que a 22 de Outubro de 1992, depois dos confrontos armados, que levou a decapitação da direcção em Luanda, denunciou a partir da cidade do Huambo, onde estava ao lado do líder que “O MPLA-PT já cometeu danos morais e políticos contra a organização patriótica dirigida pelo Nosso Querido Presidente, Dr. Jonas Malheiro Savimbi”.
Depois de quatro meses, a partir da cidade do Huambo denunciou aos microfones da radio Vorgan que “a direcção da UNITA pela voz do nosso querido Presidente, Dr. Jonas Malheiro Savimbi, predispõe-se a enviar uma delegação para as negociações com o Governo do MPLA e também explicar as teses políticas defendidas pela UNITA em diferentes países do mundo”.
Os seus excessos de exaltação a Savimbi eram alvos de atenções da segurança da UNITA que interpretava que estivesse a usar o radicalismo para encobrir fragilidades. Quando a dada altura foi enviado para se fixar em Luanda, para integrar o GURN, o líder da UNITA, Jonas Savimbi foi ter com ele dizendo que a segurança tinha informações que ele iria trair o partido. O mesmo não só negou como justificou que nunca perdoaria o MPLA por ter morto um irmão seu nos confrontos pós-eleitoral de 1992. Mais a frente os factos falaram por si, e Jorge Valentim tornou se no principal aliado do regime.
Tal como um general na reserva, Jorge Valentim, tem se colocado a disposição do MPLA, que em períodos eleitores lhe retire dos seus aposentos na Kanata, Lobito, para incendiar contra o partido fundado pelo seu antigo “querido presidente” Jonas Savimbi.
A sua saúde não tem sido a dar melhores, decorrente da idade levando a locomover-se com ajuda de um cajado. Foi em Angola de 2021, que internou na clinica Girassol em Luanda, merecendo a visita do Presidente João Lourenço. Na sua conta no Twitter, o Chefe de Estado angolano lembrou que Valentim era afilhado de seu pai, Sequeira João Lourenço.
Fonte: Pagina do Jornalista José Gama
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