A FAF anulou dia 19 do mês em curso, em Assembleia-geral ordinária, o título da Supertaça de Angola ao Sagrada Esperança, com 14 votos à favor, quatro contra e quatro abstenções, na sequência de protesto do Petro de Luanda, pelo fato desta ter sido disputada a uma mão, contrariando o regulamento.
O regulamento refere que a Supertaça deve ser disputada a duas mãos. Em setembro de 2021, o Sagrada Esperança venceu o Petro de Luanda, por 4-3, nos penáltis, após empate 0-0 no tempo regulamentar.
Na altura, a FAF teve supostamente a anuência dos dois clubes para a realização do jogo a uma mão, devido às restrições impostas pela Covid-19.
Na carta dirigida à FAF através da Associação Provincial de Futebol de Luanda, o Petro desmente o órgão reitor do futebol angolano e afirma que se tratou de uma decisão unilateral por parte da Federação.
Reagindo a decisão da FAF, em comunica de imprensa, a direcção do Sagrada Esperança sublinha que “o clube está ciente do momento menos bom que vive o futebol angolano e entende que tal não deve ser usado para adotar uma posição de tudo vale”, acrescentando que “a postura da FAF é grave e viola a verdade desportiva”.
“Não haverá possibilidade nenhuma do clube perder o título já conquistado, porque a FAF não pode punir o clube por uma violação por si cometida e permitir que se abre um procedimento por demais gravoso no futebol angolano”, lê-se no comunicado.