ENCERROU A 34ª OLIMPIADA EM TÓQUIO NO JAPÃO COM DOMINIO DOS ESTADOS UNIDOS NA 10ª PARTICIPAÇÃO DE ANGOLA

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A delegação angolana aos Jogos Olímpicos, que terminam este domingo, em Tóquio (Japão), chega ao país às 14 horas desta segunda-feira, noticia a Angop que cita fonte oficial, vindos a bordo da aeronave da Ethiopian Airlines.
Em termos de resultados desportivos, esta 10ª presença de Angola na maior manifestação desportiva do mundo foi das piores, com polémicas antes e durante a competição.
A selecção de andebol, 14 vezes campeã africana, era a maior esperança de uma participação honrosa, em contraste, foi eliminada nos oitavos-de-final ao empatar com a Coreia do Sul a 31 golos, insuficiente devido a inferioridade na diferença de golos marcados e sofridos.
Com o afastamento prematuro, as pérolas de África fizeram menos que na edição do Rio de Janeiro, em 2016, em que se qualificaram para os quartos-de-final.
Na vela viveu-se momentos desprestigiantes devido o mau estado da embarcação que se partiu a dado momento das regatas, diminuindo a possibilidade de melhor resultado que não a 19ª e última posição da tabela classificativa final.
O velejador Matias Montinho, que fez dupla com Paixão Afonso, na especialidade de 470, lamentou o facto de a embarcação de competição ter chegado tarde, tendo que se optar por um barco alternativo sem as condições necessárias para a alta competição.
O atletismo, representado pelo estreante Aveny Miguel, não competiu. O velocista foi desqualificado na prova dos 100 metros por partida falsa, numa participação polémica com a fundista Neide Dias a reclamar o direito de estar presente no evento.
A residir em Portugal e tendo beneficiado de um estágio em França, a atleta revelou que seu passaporte não foi entregue a tempo de ser inscrita e suas marcas ignoradas, responsabilizando, pelo facto, o Comité Olimpico Angolano e a Federação Angolana de Atletismo.
O mesmo aconteceu com a natação com Lia Lima a reivindicar o direito de estar presente entre os dois representantes seleccionados pela federação. A actual recordista nacional diz ser a atleta com maior pontuação no país e que, por isso, devia constar entre os convocados.
Nesta modalidade, Salvador Gordo, ainda minimizou a prestação global de Angola ao terminar a prova dos 100 metros borboleta no primeiro posto, com o tempo de 55;96 segundos, mas insuficiente para apurar-se à outra fase.
A outra integrante, Catarina Sousa, também não passou das preliminares.
No judo, Diassonema Neide foi eliminada ao perder diante da Eteri Liparteliani, da Geórgia, por 0-10, na categoria dos -57 kg, em prova dos 16 avos disputada na arena Nippon Budokano.
A campeã africana em 2020, no Madagáscar, resistiu no primeiro “round”, mas acabou derrotada no segundo, por “Ippon”, num combate que durou apenas um minuto e quatro segundos.
A participação de Angola nos Jogos Olímpicos, encerrados hoje domingo, ficou orçada em Kz 460 milhões. O material para a vela (embarcação, material auxiliar, envio e regresso de Tóquio) custou Euros 30 mil, segundo o Comité Olímpico Angolano (COA).
Além da vela, Angola participou no evento com o andebol feminino, atletismo, natação e judo, todas eliminadas prematuramente.
Angola já esteve presente em dez edições dos Jogos Olímpicos, desde a participação de estreia em Moscovo´1980.
A edição dos Jogos Olímpicos de Tóquio2020 (Japão) encerraram com os Estados Unidos da América (EUA) a terminarem na liderança do quadro geral de medalhas.
Durante a cerimónia de encerramento, o presidente do Comité Olímpico (COI), Thomas Bach, declarou o encerramento dos Jogos. Os próximos Jogos de Verão serão realizados em Paris, em 2024.
Os americanos levam para casa um total de 113 medalhas, das quais 39 de ouro, mais uma que a China, na segunda posição.
Os anfitriões ficaram na terceira posição, com 27 medalhas de ouro, competição em que a melhorar prestação de África fica com o Quénia, com 10 medalhas, quatro de ouro, igual número pratas e duas de bronze.
O Quénia é o país melhor classificado no quadro geral de medalhas dos Jogos Olímpicos terminados este domingo, em Tóquio (Japão), com um total de dez, sendo quatro de ouro, igual número de prata e duas de bronze, numa lista de 203 nações concorrentes.
No cômputo geral, o Quénia ocupou o 19º posto, num quadro liderado pelos Estados Unidos da América com 39 medalhas de ouro, 41 de prata e 33 de bronze (total 1013), seguido pela China (38, 32 e 18 – total 66) e do anfitrião Japão (27, 14, 17 – total 58).
O Uganda é o segundo melhor colocado entre os concorrentes do continente africano (36º posicionado no geral) com duas de ouro, uma de prata e outra de bronze, seguido da África do Sul em terceiro e em 52º no geral (1, 2, 0 – total 3).
Em 4º vem o Egipto (54º no geral com 1,1 e 4), Etiópia, em 5º lugar (56º no geral com 1,1 e 2) e Marrocos em 6º (63º no geral com 1, 0, 0).
Entre os lusófonos, o Brasil, é o melhor e conquistou sete medalhas de ouro, seis de prata e oito de bronze, obtendo no total de vinte e uma medalhas.
A próxima edição dos Jogos Olímpicos, acontecem em 2024 na capital francesa (Paris).

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