REFLEXÃO EM FUTEBULEZ
Depois das eleições de 14 de Novembro de 2020, a “administração” do futebol angolano saltou muros, cercas elétricas e outras tantas barreiras para instalar-se nos corredores da justiça, com fama de desonra e maquiavelices.
O desejo de vencer a qualquer preço, passou dos limites, subiu escadas da fantasia, encheu envelopes e estacionou nos IBAN’S da mediocridade de uma população votante descomprometida com a causa FUTEBOL.
Os cenários e previsões não deixavam dúvidas, então a solução foi desembarcar por algum território movediço, tropas camuflados, qual pele de cordeiro e acenar para alguns “famintos” a cor do trigo para o pão que o próprio diabo esta agora a amassar.
Ninguém mais culpado da situação, que o próprio bando de envenenadores que o futebol tem plantados como cogumelos, que a cada época chuvosa abundam pelos planaltos e que no futebol a cada 4 anos desequilibram a verdade e a mudança que tanto o desporto rei clama e chama, faz tempo.
O braço de ferro, os interesses particulares e os “ngonbeladores” colocaram num coador amador aquele, a quem apelidaram de candidato do POVO.
NORBERTO DE CASTRO de mangas arregaçadas não entrou para os blocos, da pista partiram para a corrida o candidato da situação e outros três concorrentes.
Apesar de todas evidências, de contradição entre o projeto para um novo mandato, demostradas durante a campanha, verdade é que as falsidades versus irregularidades somaram votos duma pseudo maioria de Cantinflas desequipados, destreinados e desorientados.
Quando a família do futebol assustou, já estava, Artur Almeida e Silva 70 votos a favor, num total de 171 eleitores.
O vencedor (lista B) bateu na concorrência Fernando da Trindade Jordão (lista A – 59 votos), António Gomes (C – 28 votos) e José Alberto Macaia (D – 8 votos).
Das urnas saiu o presente de Natal envenenado que o futebol real, dos clubes, associações e VHF’s não desejavam, basta ver que o pseudo legitimado não chegou sequer a 50% dos votos, foi goleado e amassado na principal praça e capital do País Luanda e em praças fortes como Huíla e Huambo pedalou para o concorrente da lista “A” que respetivamente aí triunfou folgadamente.
Vistas as coisas com sensatez, o Futebol estava outra vez refém de um casamento promíscuo, ortodoxo e sem vaidade porque nunca ouve verdade durante todo processo sob a cumplicidade da Comissão eleitoral, comprovadamente verdadeiro parceiro da Lista B.
Todas as reclamações, clamores e recursos antes ou durante o processo eleitoral caíram numa teia mosquiteira montada por ALI BÁBÁ e seus muchachos que nunca se importou com os gritos generalizados.
Pouco tempo depois a banda foi mandada parar e os bailarinos ordenados a sair do palco.
Com ‘buffet’ pago e convites distribuídos, uma vez que a cerimónia estava marcada e requintada, o Tribunal Provincial de Luanda (TPL), com base na Lei e na Providência Cautelar de Norberto de Castro, entendeu suspender a tomada de posse do presidente “mais votado” da Federação Angolana de Futebol (FAF), Artur de Almeida e Silva e demais corpos sociais do elenco.
De lá para cá o futebol escala montanhas, faz travessias pelo deserto e tenta encontrar a bússola de orientação para responder as perguntas dos passageiros. De onde viemos, onde estamos e para onde vamos?
Ainda assim sucedem-se tentativas, qual aventuras de Ngunga, para atingir lugares na 1ª classe num voo cruzeiro que a FIFA passa a pente fino, aguardando e fingindo que não vê.
Primeiro, o King foi chumbado na tentativa (ousada) de entrada para a comissão executiva da CAF, tendo concorrido pela zona central.
Depois desta prova de fundo o rei sem coroa desfila pelos corredores da FIFA e o tacho sem tampa que lhe chegou, foi integrar por indicação da CAF, o comité de apelação em substituição de Albert Simango, antigo Presidente da Federação Moçambicana de Futebol.
O homem é também candidato a um cargo elegível na FIFA no congresso que se vai realizar no dia 21 de Maio do corrente ano. Para tal terá de responder a primeira pergunta do questionário de candidatura: Já foi condenado por decisão transitada em julgado?
Convém lembrar que segundo sentença datada de 12 de Maio de 2015, na qual Artur de Almeida e outros cinco réus foram condenados a dois anos de prisão cada um, com pena suspensa, por furto doméstico consubstanciado na transferência fraudulenta de avultada soma monetária (correspondente a DEZ MILHÕES DE DÓLARES AMERICANOS), de uma conta da Unitel domiciliada no Banco de Comércio e Indústria (BCI) para outra da empresa Zanuza, detida pelo dirigente desportivo da situação.
Na maratona com curvas e contra-curvas, descidas e subidas, sol e chuva, seguem-se outros capítulos. Na imprensa de boca e pena livre (as redes sociais) todos os dias chovem factos ou suposições, que valem o que valem. Convém realçar, como dizia um velho amigo, “O POVO NÃO MENTE SÓ AUMENTA” por isso em cada matéria divulgada pode haver sempre um quê de verdade.
Pela boca do futebol é também dito que recebeu 6 milhões dólares da FIFA (1 milhão e meio por ano) nos 4 anos que esteve na FAF, no mandato 2016-2020 pelo processo FORWARD 2 dinheiro que todas Federações mundo recebem, mas nunca prestou contas especificadas a ninguém.
Acrescentam ainda que durante estes 4 anos recebeu dinheiro da FIFA, da CAF e COSAFA e nos seus relatórios de contas nunca apareceu um explicação de quanto recebeu e como gastou nas ASSEMBLEIAS GERAIS onde têm assento os sócios ordinários que têm sido o elo mais fraco do Futebol doméstico. Ainda recentemente a FAF recebeu 500 mil dólares para implementar um projeto parao Futebol feminino, vai fazer um ano, tudo o que fizeram foi realizar 2 jogos com Namíbia.
A peregrinação aventureira colocou recentemente mais uma bagagem a bordo do triplo-seven por si pilotado com o fim de atingir o planeta JÚPITER de cores laranja e marrom.
O Futebol foi uma das Federações não autorizadas a participar da Reunião com o Chefe de estado João Lourenço na passada 5ª feira no palácio presidencial. Em causa justificativa, está o processo de renovação de mandatos considerado irregular. Em meios dos círculos desportivos esta ação é vista como um cartão vermelho ao elenco cessante.
Na tela que apresenta a peça teatral foi agora adicionado o facto de supostamente os do cerimonial e a Segurança Presidencial terem barrado a entrada de Artur Almeida e Silva. Consta na matéria publicada no whatsaap e Face-book que o facto aconteceu na porta do Palácio Presidencial onde o King incrédulo quanto a ausência de convite, tentou mesmo assim “furar”. O protocolo presente ao notar que o seu nome não constava da lista, pediu para que se afastasse e deixasse os convidados passar. Mesmo assim, o King numa tentativa frustrada de atuar como “pato” ainda apelou aos amigos Gustavo Conceição e Leonel da Rocha Pinto, mas todos os apelos caíram em ouvidos surdos.
Testemunhas no local dizem que o segurança teve que dar um pequeno abanão ao King para sair do caminho e este só abandonou o local quando foi informado que a reunião já havia começado, notícias que o futebol consome na imprensa de boca e pena livre (as redes sociais).
Ato continuo uma publicação com o título, PARA REFLEXÃO: INÉDITO!
Em mais de 38 anos de Girabola nunca se viu tamanha ilegalidade. Como é possível haver tantas e sistemáticas violações das próprias normas da Federação Angolana de Futebol e todo mundo bate palmas. O que diz o Regulamento do Girabola sobre a homologação de uma prova? Vamos recordar:
1- Art. 35° número 1: A SEGUNDA VOLTA DO GIRABOLA, NÃO PODE INICIAR SEM QUE TODOS OS JOGOS DA 1ª VOLTA ESTEJAM CONCLUÍDOS E CONSEQUENTEMENTE HOMOLOGADOS.
2- ART. 36° : OS JOGOS DO GIRABOLA SÃO HOMOLOGADOS PASSADOS 72 HORAS E PUBLICADOS EM COMUNICADO OFICIAL SE SOBRE ELES NAO PENDER QUALQUER PROTESTO.
Meus concidadãos HOMENS DO FUTEBOL: será possível ignorarmos todos estes princípios legais e ainda assim considerarmos isso normal? Como é possível marcar-se o início da 2ª Volta para dia 24 (Sábado) quando a 1ª. Volta termina sexta feira? E se sobre o último jogo resultasse algum protesto quer seja por Erro Técnico de Arbitragem, por Má condição do terreno de jogo ou por alegada Má Qualificação de Jogador? Não se terá passado (respeitado) as 72 horas previstas pelo Regulamento aprovado em Assembleia Geral por um número admitido de sócios.
Lembramos que após ter dado início a segunda volta do campeonato, terá sido feita uma homologação tácita da 1ª volta, logo ninguém mais poderá, querendo, levantar qualquer objeção relativa a primeira etapa do campeonato. Outrossim, perante esta ilegalidade, qualquer agente do Desporto, a coberto da Lei vigente, tem legitimidade para impugnar o presente Campeonato por estar a ser realizado ao arredio da Lei.
O abano que sopra o futebol soltou outras inquietações: Nos últimos 3 anos a FAF nunca fez uma conferência de imprensa a explicar montes de situações caricatas que iam acontecendo, como por exemplo o que aconteceu no CAN do Egipto que Artur afirmou que quando chegasse a Luanda faria? Inexplicavelmente marcaram uma conferência de imprensa com direito a transmissão online para falarem do Girabola.
Diz o mensageiro do futebol real: incrível, inacreditável como é possível estes senhores não falarem para ninguém durante 3 anos e só agora resolvam fazer esta conferência de imprensa para falarem vejam só, do Girabola que está todo de patas para o ar? Esta gente tem que sair do mundo do futebol. CHEGA, BASTA de Artur Almeida e Silva e de José Carlos autênticos paraquedistas que estão no futebol para se servirem dele.
O Caldo está frio e já transbordou da gigante panela onde foi confecionado.
Páginas resumidas de uma odisseia futebolística com a FAF na crista da ONDA.
Diz-me com que andas, dir-te-ei quem tu és.
O momento exige, reflexão, posição e decisão. O Futebol angolano não merece este tamanho vexame.