Os recintos desportivos no país contam, a partir de sexta-feira, com a presença de público na ordem 25 % da sua lotação, segundo a actualização do Decreto sobre o Estado de Calamidade Pública, efectuada estaquarta-feira, em Luanda.
Para o efeito, o ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, recordou a manutenção do cumprimento rigoroso das medidas de biossegurança, destacando-se o distanciamento social e o uso correcto de máscara.
O anterior decreto tinha autorizado já o regresso das actividades desportivas federadas com dez por cento de espectadores, na altura exceptuando a província de Luanda.
Segundo Adão de Almeida a província de Luanda mantém-se sob cerca sanitária, tal como a proibição de entrada no país de cidadãos estrangeiros não-residentes, provenientes ou com passagem pelo Brasil e pela Índia.
O Decreto sobre o Estado de Calamidade Pública entra em vigor sexta-feira (09), um dia antes do clássico entre o Petro de Luanda e o 1º de Agosto, quinta-feira (08), pontuável às meias-finais da Taça de Angola em futebol, a disputar-se a partir das 16h30, no Estádio 11 de Novembro.
Não fosse esta diferença de 24 horas, o confronto entre as duas maiores potências do futebol nacional teria a presença deste aditivo nas bancadas, fundamental para os intervenientes em campo e para o espectáculo próprio em ocasiões do género.
Eís outras medidas, que não só ás desportivas em particular:
Dever de recolher agora a partir 00H00;
Percentual de força de trabalho 75%
Prática desportiva individual sem horário
Comércio aberto até as 20H00
Restaurantes podem reabrir todos os dias e aos fim de semana até as 22H00
Mercados abertos até 18H00
Cinemas reabertos até 22H00
Praias continuam fechadas
As autoridades sanitárias anunciaram, esta quarta-feira, o registo de 116 novos casos, 5 óbitos e a recuperação de 48 pacientes.
Segundo o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, entre os novos casos, 46 residem em Luanda, 18 na Lunda Note, 15 no Huambo, 12 no Cunene, 6 no Moxico, 6 na Huíla, 5 em Malanje, 4 em Cabinda, 3 na Lunda Sul e 1 em Benguela.
Com idades que variam de 4 meses aos 77 anos, a lista incluiu 67 do sexo masculino e 49 do sexo feminino.
Os óbitos foram registados em Luanda, com 2, Namibe com 1, Uíge com 1 e na Huíla com 1, respectivamente.
Dos recuperados, 17 residem em luanda, 9 na Huíla, 1 no Namibe e 1 no Cunene.
Segundo os dados, 185 pessoas estão em quarentena institucional e 1.990 contactos sob vigilância epidemiológica.
No período em causa foram processadas 2.957 amostras.
Angola conta com 39.491 casos positivos, 925 óbitos, 34.047 recuperados e 4.519 activos. Dos activos, 11 são críticos 21 graves, 38 moderados, 17 leves e 4.832 assintomáticos.
