Por razões de sobrevivência, várias famílias fazem das antigas salinas do Lobito uma fonte de rendimento, mas ignoram os riscos para a saúde humana resultantes do consumo de sal sem iodo que extraem para a comercialização nos mercados, e afirmam que o mesmo não faz mal a ninguém
O pretexto de satisfazer necessidades básicas, leva famílias aos antigos campos de produção de sal do Lobito para sustentar a os seus filhos e muita vez para pagar propinas escolares. Os principais clientes são pescadores artesanais das províncias de Benguela e do Cuanza Sul, sobretudo nas áreas onde há salga de peixe.
O sal extraído é comercializado sem iodo, sendo, por esta razão, impróprio para o consumo humano. Actualmente, o negócio multiplicou-se e vários campos já entraram em produção. Toneladas de sal são retiradas para a comercialização em todo pais
No decorrer da reportagem falamos com uma vendedora de sal diz não ter conhecimento de casos de pessoas que tenham tido problemas de saúde derivados do consumo de sal produzido nas salinas . Na sua opinião, algumas pessoas procuram o produto porque os preços são apelativos. “Os valores que cobramos permitem a qualquer pessoa ter sal em casa”, acentuou a vendedora, admitindo haver clientes que não gostam de sal embalado e tratado com iodo, por alegarem que altera o gosto e reduz o apetite.
A campanha de sensibilização alerta os cidadãos para a necessidade de verificarem no rótulo se o sal que compram é ou não iodizado, segundo pesquisas apontam que As crianças e as mulheres são as mais afectadas por doenças resultantes da falta de iodo no organismo humano. (Jornal de Angola)