INCLUSÃO FINANCEIRA COBRE QUASE 50% DA POPULAÇÃO ANGOLANA

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De acordo com o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, a referida percentagem, com base nas orientações do  Banco Mundial, coloca o país em linha com a média continental africana, levando  o desenvolvimentos a nível dos sistemas de pagamento, onde pontificam as transferências instantâneas.

Lima Massano, que falava no Fórum sobre a Banca, uma iniciativa anual do Jornal Expansão, referiu que com isso a regulação e supervisão terá também que assegurar que o processo de transformação digital do sistema financeiro ocorra sob critérios de segurança, eficácia e competitividade.

“Em  complemento ao alinhamento da regulamentação e supervisão às melhores praticas internacionais, estamos a considerar uma outra iniciativa que terá um impacto significativo na forma de trabalhar do Banco Nacional de Angola no domínio da supervisão”, considerou Lima Massano, referindo-se à adopção da tecnologia para supervisão conhecida como Suptech (abreviação em inglês para Supervisory Technology).

As bases de dados distribuídas, a robótica, a inteligência artificial e a capacidade, cada vez maior, de computação quântica estão na base da transformação de muitos processos que propiciam a inovação no sistema financeiro, incluindo no domínio da supervisão, de acordo com o governante.

Acrescenta que a aplicação de “big data” e inteligência artificial às ferramentas utilizadas pelos supervisores aumentam significativamente o volume, variedade, velocidade e validade dos dados sob gestão.

Esta  inteligência artificial permite fazer análises de dados complexos e em grandes volumes que ultrapassam a capacidade humana e assim substituir as abordagens actuais com base no envio de relatórios e inspeções on-site morosas e frequentemente reactivas.

Nesta componte, o Banco Nacional de Angola tem em curso um projecto específico para adopção gradual de “Suptech” , almejando obter ganhos de eficiência nos processos de supervisão prudencial.

Tal supervisão será com base na monitorização em tempo real dos riscos micro e macroprudenciais inerentes as instituições financeiras.

Este sistema traz ganhos que se alargarão à supervisão comportamental, a Central de Risco de Crédito e até mesmo para o Fundo de Garantia de Depósitos.

 

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