O primeiro sintoma de cancro da mama que a maioria das mulheres nota é a presença de um nódulo na zona da mama ou da axila.
Contudo, se este surge após a toma da vacina, é provavelmente um efeito colateral chamado adenopatia axilar, também conhecido como linfonodos inchados, revela um novo estudo publicado no The New England Journal of Medicine.
O inchaço dos gânglios linfáticos pode ocorrer nas axilas, bem como no pescoço e virilhas.
Trata-se geralmente de um sinal de luta contra uma infecção, daí poderem ficar inchados após a toma da vacina.
A vacina desencadeia uma resposta imune semelhante à infecção real com o novo coronavírus SARS–CoV-2, causador da doença da Covid-19.
Holly Marshall, médica radiologista da mama em vários hospitais universitários em Cleveland, nos Estados Unidos, disse à estação de notícias local Fox 8: “é realmente uma resposta normal do corpo à vacina”.
“Significa que o corpo está a produzir anticorpos para lutar contra a infeção da Covid-19″.
A médica explicou que muitos pacientes encontraram linfonodos inchados sob o braço onde receberam a vacina dois a quatro dias depois.
Os gânglios linfáticos voltaram ao seu tamanho normal entre duas a quatro semanas mais tarde.
No entanto, Marshall afirmou que qualquer pessoa com nódulos linfáticos inchados por mais tempo do que isso deverá consultar um médico.
“Também vemos linfonodos inchados em pacientes com cancro da mama, então essa preocupação está lá”, disse.
“Por isso estamos a perguntar a todos que vão fazer uma mamografia se já tomaram a vacina da Covid-19, que dose, quando e de que lado?”, acrescentou a radiologista.
Os efeitos colaterais da vacina contra o novo coronavírus da Pfizer-Biontech foram estudados de perto com a ajuda de milhares de participantes que integraram vários ensaios clínicos.
Apenas 0,3% dos participantes relataram linfadenopatia – ou seja, o inchaço dos linfonodos.
Tal significa que, de um milhão de pessoas que recebem a vacina, cerca de três mil vão ficar temporariamente com os gânglios linfáticos inchados.
“A linfadenopatia, que geralmente desaparece no período máximo de 10 dias, é provável que seja o resultado de uma resposta imune vacinal robusta”, refere o estudo.