“Este é um passo muito positivo para garantir o acesso universal às vacinas anti-Covid-19″, afirmou a diretora responsável pelo acesso a medicamentos da OMS, Mariangela Simao, em comunicado hoje divulgado pela organização.
Este procedimento, que a OMS pode usar em caso de emergência de saúde, permite que países que não têm meios para determinar rapidamente e por conta própria a eficácia e segurança de um medicamento, possam ter acesso rápido à terapia.
O procedimento também permite que a Unicef, órgão da ONU responsável por parte importante da logística de distribuição de vacinas anti-Covid em todo o mundo, e a Organização Pan-Americana da Saúde possam comprar a vacina para distribuição em países pobres, adianta o comunicado.
“É necessário um esforço ainda maior para poder ter doses de vacina suficientes para atender às necessidades das populações prioritárias em todo o mundo”, acrescentou Mariangela Simão.
A vacina Pfizer-BioNTech já está a ser administrada há várias semanas no Reino Unido, mas também na União Europeia, nos Estados Unidos e na Suíça, por exemplo.
Vários milhões de pessoas já foram inoculadas com este medicamento, com eficácia estimada em 95%, mas que requer temperaturas ultrabaixas – na ordem de -80 graus centígrados -, o que torna a sua distribuição e armazenamento muito difíceis.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.806.072 mortos resultantes de mais de 82,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.