O ex-futebolista Luís Figo é accionista principal da empresa mineira Damash Minerals, com concessões no Senegal, Guiné-Conacri e Burkina Faso para a exploração de ouro, ferro, fosfato, cobre e bauxite.
Na conferência promovida pela União Europeia sobre Investimento Verde em África só me lembrou o rato quando rói e sopra. A posição do empresário não podia ser a mais baralhada, e de propósito: “Este tipo de investimento, por vezes, significa procedimentos mineiros mais caros, mas também um futuro mais verde para todos e um retorno mais inteligente e seguro dos investimentos feitos”, disse o ex-craque das quinas, fazendo crer, com o endosso da imprensa da presidência do conselho europeu, que é um dos empresários que apoia a Economia Verde em África. Portanto um investidor mineiro a favor de um conceito que visa o desenvolvimento sustentável sem degradar o meio ambiente, particularmente os solos….
Isto leva-me a questionar: quantos mais jogadores, músicos, actores internacionais e políticos estarão sócios dos políticos e alguns empresários africanos para esburacarem o chão fértil de Africa, enquanto acumulam riquezas ardilosamente camufladas em Ligas milionárias, “Paradas” da Billboard, Hollywood, negócios de perfumes, etc.. Dispersam a fome e o desemprego entre os autóctones para os limitar a pensar apenas na sobrevivência e assim não elevarem a consciência crítica?…
