Academia Norberto de Castro com 20 anos. É a primeira academia de futebol em Angola com o regime de internato e colégio para servir o desporto e não só. A escola atende desde o pré escolar ao ensino secundário e está disponível para comunidade do Capalanca desde a sua criação e serve actualmente um perímetro maior, abrange os municípios de Cacuaco, Cazenga e Viana, há até alunos que chegam do município de luanda. Uma história de um contribuinte que está sempre preocupado com a melhoria da condição social de todos os seus vizinhos.
“Nós fizemos não só o trabalho social, mas o trabalho que é feito nas nossas instalações a nível do desporto ou mesmo a nível da formação académica, é um trabalho vistoso e faz com que muitos encarregados vêm até aqui para juntos cuidarmos da instrução dos seus filhos. Diariamente recebemos encarregados vindos de todos os pontos a nível nacional.”
Uma marca lançada com o futebol, na altura recolhia meninos deslocados das suas províncias, fugidos da guerra para os ensinar o abc da bola e os caminhos para a inserção digna na sociedade como homens instruídos e com uma profissão. Podem não ter uma carreira frutífera enquanto desportistas, mas estão assegurados no capítulo académico… uma vez formados podem contribuir para o crescimento do país.
“Passaram por esta escola vários jogadores, Geraldo é o exemplo de um jogador que atingiu o expoente máximo. Paizo, Baby, Herenilson que chegou aqui com 12 anos… temos o Agua Doce enfim vários atletas que hoje povoam equipas do nosso Girabola”.
Mas nem tudo corre bem para o empresário Norberto de Castro que há muito clama por abastecimento de água na sua instituição e até ao momento não lhe é atendido o pedido. É obrigado a passar por imensas barreiras. Mas a falta de água já o fez fechar a piscina e por algum tempo teve que encerrar a escola de futebol. Por estas bandas “ÁGUA” só mesmo por via das cisternas.
O que é caricato é que mesmo ao lado do seu complexo foi construído o hospital geral do Capalanca e lá tem uma conduta de água, a água chegou fácil ao seu vizinho… mas está difícil ter o líquido precioso a jorrar no complexo que mais não faz se não ajudar as populações a terem melhores oportunidades nível social.
“Eu faço isso para o bem das populações, deveria se prestar maior atenção ao Norberto de Castro isto é o que eu acho que deveria se fazer. Um trabalho social como este num outro país seria uma maravilha. Atenção que só estou apenas a pedir água para estas crianças não é ora mim, o senhor já imaginou uma estrutura desta sem água? Não existe no mundo.” Frisou
A cada período lectivo são 700 alunos que frequentam a escola, trezentos dos quais aprendem o futebol no período seguinte.
As crianças falam por si, os diamantes em lapidação agradecem ao patrono da instituição por criar um espaço onde todos podem dar azas aos seus sonhos.