UM CORO DE INDIGNAÇÃO TOMOU CONTA DA IMPRENSA NACIONAL E REDES SOCIAIS, COM A ABSURDA TOMADA DE POSSE DOS ÓRGÃOS DA FAF.

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Depois de no último sábado, 19 de Junho de 2021 a família do futebol ter sido surpreendida por uma “violação sexual” e sonegação de todos os seus demais direitos, decorrente da fantasia vendida como original, o futebol despertou gemendo de tanta dor.

Depois da nossa pronta abordagem no sábado, sucederam-se uma serie de manifestações e declarações que respondem a indignação e moral ferida ao futebol, tão grande é a abcessão pelo poder, não importando que sejam utilizados para tal meios até letais para justificar os fins.
Destacamos a declaração na Rádio Pública de Horácio Mosquito, Presidente de direção do recreativo da Caála que citamos” o futebol angolano esta doente, o futebol angolano esta co corona e de uma estirpe perigosa”,
Com a devida vénia retomamos aqui uma publicação colocada nas redes sociais, que vai de encontro ao coro de indignação nacional e até internacional, não fosse o futebol uma porta de saída e entrada para o Mundo.
CARTA ABERTA AO JUIZ LUCAS JÚNIOR.

Meritíssimo Dr. Lucas Júnior, Juiz da 3. Secção do Tribunal Provincial de Luanda. Tomei a liberdade de lhe dirigir esta missiva para lhe transmitir o sentimento de repulsa da sociedade desportiva angolana bem como de outros segmentos da sociedade civil que mesmo não se revendo no futebol e desporto em geral, dispensaram este fim de semana um pouco de seu precioso tempo para pensar na sua triste atuação em sede do processo eleitoral na FAF.
Não preciso ser jurista para perceber que o senhor envergonhou a classe da Magistratura e do Direito como um todo. Numa altura em que o país já vive uma crise de confiança nas instituições, o senhor conseguiu aumentar o clima de suspeição que paira sobre os juízes e promotores do Direito em Angola.
No caso em apreço, não acredito, que o senhor obedeceu a Lei e a sua Consciência ao proferir o lacónico Despacho que autoriza a tomada de posse do elenco da FAF. Também não posso crer que com sua vasta experiência, o Sr. Dr. Lucas Júnior, não viu que o documento que serviu de suporte para decisão, estava viciado porque tem a data de tradução com 1 ano de antecedência em relação ao documento original, alegadamente atribuído a FIFA. Ou como posso acreditar na sua inocência, sendo que no Despacho, o Sr. Dr. Lucas até faz menção do artigo 401 do Código de Processo civil onde se estabelece as 3 únicas circunstâncias em que se torna possível levantar uma Providência Cautelar. Caso tenha perdido sua cabula da faculdade, ou caso os cifrões no momento lhe tenham toldado as vistas, vou lhe recordar:1- O Réu deve requerer o levantamento da providência.
2- O Autor deve ser ouvido
3- A caução deve ser suficiente para prevenir a lesão.
Ora, ao ouvir o Advogado de Norberto de Castro, percebemos que nada, ou nenhum destes elementos estavam cumpridos e portanto a sanção jamais podia ser levantada. Até porque sabe-se que o senhor autorizou em tempos a devolução dos tais 5 milhões de Kwanzas que foi apresentado pela FAF como caução a equipa de Norberto de Castro.
Ademais, o famigerado Dr. Lucas Júnior, ignorou o artigo 384° do CPC, sobre Dependência do Procedimento Cautelar, pois no seu &3 considera que havendo recurso da decisão de uma providência cautelar já decidida e estando em sede da Ação principal, deve o juiz deduzir por apenso ao respectivo processo e encaminhar para o Tribunal onde este se encontra em julgamento.
Ora, caro Dr. Lucas Júnior, ao decidir em contrário a tudo isso, sou forçado a perguntar-lhe:
1- Quanto custou a violação de sua consciência? 50 milhões?
2- O que significa para o senhor a mancha a todos os profissionais honestos do ramo da Magistratura que com seu comportamento, vitupera o nome de todos eles?
3- Poderá o Dr. Lucas doravante olhar para seus filhos, amigos ou alunos e dizer-lhes de sua justiça que espera deles alguma coisa moralmente correta?
Vou terminar deixando um conselho ao Meritíssimo: devolva o dinheiro, DEMITA-SE do cargo, reponha a verdade sobre o processo e limpe sua consciência. A sociedade espera por si, pois mais vale um POUCO onde há AMOR do que MUITO onde há ÓDIO.
Tenho dito!
Nota de um anónimo do futebol divulgada nas redes sociais, a refletir o sentimento comum com o caminho que esta a tomar o futebol angolano.
Voltaremos ao assunto.

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