Brexit: Negociações devem prosseguir “enquanto for possível” um acordo

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Enquanto for possível um acordo, continuaremos a negociar e, em paralelo, continuaremos a reforçar os planos de contingência” para lidar com um possível ‘Brexit‘ (como ficou conhecido o processo de saída do Reino Unido do bloco comunitário) sem acordo, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, numa conferência de imprensa.

A Alemanha ocupa até ao final de dezembro a presidência semestral rotativa do Conselho da UE e será sucedida por Portugal no início do ano.

No domingo, a UE e o Reino Unido decidiram prosseguir as negociações em busca de um acordo sobre as relações futuras pós-‘Brexit‘ nos próximos dias.

Apesar deste novo prolongamento – tendo em conta que os dois lados tinham definido o domingo como ‘data-limite’ para as conversas – as negociações não podem prolongar-se por mais de alguns dias, já que um eventual acordo tem de ser ainda ratificado, nomeadamente pelo Parlamento Europeu, antes de entrar em vigor, em 01 de janeiro de 2021.

O Reino Unido abandonou a UE em 31 de janeiro, tendo entrado em vigor medidas transitórias que caducam no próximo dia 31 de dezembro.

O negociador-chefe da UE para um acordo comercial pós-‘Brexit‘, Michel Barnier, afirmou hoje que os dois parceiros têm a responsabilidade de “dar às negociações todas as hipóteses de sucesso”.

“Temos a responsabilidade de dar às negociações todas as hipóteses de sucesso”, escreveu Michel Barnier na rede social Twitter.

“Os próximos dias são importantes” se quisermos um acordo comercial entre britânicos e europeus, frisou ainda Barnier.

As conversações entre as duas partes têm sido dificultadas desde o início por causa de três matérias sensíveis: o acesso dos pescadores europeus às águas britânicas, a regulação de futuros diferendos e as condições que os europeus exigem aos britânicos para evitar uma concorrência desleal.

Na ausência de um acordo, as relações económicas e comerciais entre o Reino Unido e a UE (incluindo o Estado-membro da UE e ‘vizinha’ Irlanda) passam a ser regidas pelas regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e com a aplicação de vários controlos alfandegários e regulatórios.

Tal cenário irá implicar mais pressão para as economias já fragilizadas por causa da atual pandemia do novo coronavírus.

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