O facto foi confirmado à Rádio Nacional de Angola (RNA) pelo porta-voz da PGR, Álvaro João, que acrescentou estarem em curso outras diligências, para que sejam apurados os demais implicados no processo.
Na sequência da “Operação Caranguejo”, a Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP), afecta à PGR, efectuou mais de 20 detenções, entre as quais a do também presidente do Cuando Cubango FC, capitão Atanásio Lucas José.
Álvaro João revelou que, no acto de detenção dos oficiais, foram encontradas e apreendidas elevadas somas em kwanzas, guardadas em contentores.
Entre os detidos, disse, estão seis oficiais da área do pessoal e quadros da Casa de Segurança do PR, na província do Cuando Cubango.
Adiantou que todos os detidos foram submetidos a interrogatório, pela PGR, tendo-lhes sido aplicada a medida de coacção pessoal de prisão preventiva.
A equipa dos magistrados do Ministério Público destacados na operação viajaram de Luanda, propositadamente, para efectuar as detenções e permanecerão em Menongue, capital da província do Cuando Cubango, por mais alguns dias.
As detenções acontecem na sequência do caso aberto com a detençao do major Pedro Lussaty, encontrado em posse de melhões de dólares e kwanzas e milhares euros, guardados em malas, caixotes e viaturas.
Em Maio último, a PGR anunciou a abertura de um processo, que envolve oficiais generais das Forças Armadas Angolanas (FAA), afectos à Casa de Segurança do Presidente da República, por suspeitas dos crimes de peculato, retenção de moeda, associação criminosa, entre outros.
Na sequência do caso, o Presidente da República exonerou vários militares da sua Casa de Segurança, incluindo o ministro de Estado, Pedro Sebastião.
O Banco Nacional de Angola (BNA) abriu também um inquérito, para apurar as circunstâncias em que o dinheiro levantado, por um banco comercial, foi encontrado na posse dos oficiais ligados á Casa de Segurança.
