João Lourenço reúne-se com Emmanuel Macron em Paris

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O chefe de Estado angolano foi recebido, na manhã de hoje, no Palácio do Eliseu pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, para analisar “questões bilaterais e regionais”.  Esta tarde, João Lourenço participou na Cimeira para o Financiamento das Economias Africanas.

Na deslocação a Paris, João Lourenço faz-se acompanhar pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António, e pela responsável da pasta das Finanças, Vera Esperança dos Santos Daves de Sousa.

O ministro das Relações Exteriores angolano, Téte António, refere que esta cimeira pretende encontrar uma solução global para a crise económica que se vive no continente africano, afectado pela pandemia de covid-19. 

“O espírito em agir como um colectivo. Fazermos com que África saia com alguma solução, relativamente às consequências desta crise. É preciso pensar num novo modelo de desenvolvimento sustentável para podermos fazer face a isto”

A cimeira pretende criar um “pacote de ajuda massiva” para o continente africano e, ao mesmo tempo, lançar as bases de um novo ciclo de crescimento, que passa pelo apoio ao sector privado.  

Os países africanos precisam de resolver o problema da liquidez das economias, mas ao contrário das grandes potências, eles não têm as mesmas capacidades. A cimeira de Paris deve, nomeadamente, examinar as decisões da comunidade internacional sobre os Direitos de Tiragem Especial-DTS.

A ideia do Presidente Emmanuel Macron e de outros dirigentes é de alocar os Direitos de Tiragem Especial – uma ajuda do FMI concedida aos países em termos de liquidez e que se podem aplicar em tempos de crise – e fornecê-los aos países mais pobres.

Os países africanos podem aceder ao máximo desses Direitos de Tiragem Especial, em função das suas economias que, neste caso, seriam cerca de 34 mil milhões de dólares.

O antigo secretário executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para África, Carlos Lopes, diz que estas medidas não vão resolver os problemas de fundo do continente, que precisaria de 200 mil milhões de dólares para poder voltar ao nível de actividade económica que existia antes da crise.

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