Este aumento deve-se ao regresso, este ano, de muitos vendedores ao mercado, pois muitos tinham encerrado em 2020 os seus serviços devido ao estado de calamidade.
A este, junta-se também o facto de se registar um aumento dos serviços no local, nomeadamente, a abertura de alguns armazéns e lojas antes fora de funcionamento.
A administradora do mercado, Rosa Lopes, informou que, por norma, mensalmente, o mercado arrecada mais de três milhões kwanzas provenientes de cobranças diárias (100 kwanzas), do aluguer dos diversos serviços que o mercado dispõe (restaurantes, lojas, armazéns, quiosques e câmaras frigorificas) e de outros serviços.
O mercado possui 200 armazéns (49 a funcionar), 44 lojas em funcionamento, 48 restaurantes, dos quais apenas 22 em actividade, 8 quiosques e 36 câmaras frigoríficas (10 estão funcionais).
O aluguer dos armazéns custa 20 mil kwanzas/mês, as lojas 15 mil kwanzas/mês, os restaurantes 500 kwanzas/mês, os quiosque 10 mil kwanzas/mês e as câmaras frigorificas 30 mil kwanzas/mês.
Apesar destes serviços apresentarem uma tabela fixa de preços, disse, nem sempre os valores contabilizados são arrecadados já que os vendedores apresentam quase sempre várias dificuldades em cumprir.
Outra preocupação que o mercado enfrenta, de acordo com a responsável, está ligada à dívida que tem contraída com a Empresa de Distribuição de Electricidade (ENDE), avaliada em cerca de 10 milhões de kwanzas, que, referiu, já está a ser revista pelo Governo local.
Com uma área de 250 mil metros quadrados, o mercado acolhe, neste momento, apenas mil e 400 vendedores, de um total de 12 mil vendedores que corresponde a sua capacidade.
Sem enumerar os motivos que levam a desistência destes, a responsável lembrou apenas que o mercado está aberto a receber novos vendedores.
Neste momento, disse, regista-se um grande número de bancadas vazias.
O Mercado do Panguila abriu as portas em 2010 para acolher os vendedores do extinto mercado do Roque Santeiro. Tem cinco mil e 300 bancadas fixas e três mil para vendedores ambulantes.