Timóteo Dias explicou, ao Jornal de Angola, que os indivíduos realizavam queimadas anárquicas, que afectaram a tubagem que liga a central de captação ao centro da vila. “Há dois anos recuperamos um sistema de captação, tratamento e distribuição de água inacabado desde 1975, que permitia abastecer 15 por cento dos habitantes da sede”, disse o administrador, acrescentando que a Administração Municipal do Nzeto aguarda por disponibilidade financeira para adquirir novas válvulas e a tubagem, tendo já accionado os órgãos policiais, para que os culpados sejam responsabilizados.
“O Nzeto possui 46 mil habitantes, que dependem de seis camiões e quatro motos cisternas, entregues pelo Executivo, para o abastecimento de água, no âmbito do combate à Covid-19”, disse o administrador municipal adjunto, que reconheceu que a escassez de água dificulta a lavagem constante das mãos, o que pode ter implicações negativas na prevenção contra a Covid-19 na região.
“A enchente de pessoas que se regista nos locais de venda de água dificulta o cumprimento das regras de distanciamento físico exigidas neste período de pandemia”, referiu. O sistema de captação, tratamento e distribuição de água do Nzeto, construído em 1975, possui capacidade para bombear cinco mil metros cúbicos por hora, atendendo 50 mil habitantes.
O Jornal de Angola apurou que no município do Nzeto existe um projecto de construção de uma estação de tratamento de água, mas as obras encontram-se paralisadas, há seis anos.