A minha consciência cívica foi resiliente, como a da maioria dos angolanos

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Artigo de Opinião do Jornalista Pihia Rodrigues

A minha consciência cívica foi resiliente, como a da maioria dos angolanos. Ela resistiu à várias pancadas. Destacando às últimas, resisiu à taxa do lixo, ainda resistiu ao IVA. Mas desconseguiu com o IRT.
Quando este vingou aí é que a consciência, que pelo menos devia pesar, desapareceu.

Não há motivação para procurar por ela quando a simples compensação é roubar o escasso tempo de descanso.
Limpem vocês.

Ou estou paranóico, ou em outras sociedades ao invés de se chamarem para limpar na rua, as pessoas estariam a se mobilizar para cobrar do estado o destino da arrecadação das taxas e impostos, que pipocaram no ano passado em termos de renda não petrolifera, segundo relatório da AGT. Pouco ou razoável, precisamos saber na mesma, por exemplo, onde foram os 756 mil milhões de imposto industrial (27%) , seguida do IVA, com 693,7 mil milhões (25,1%). Imposto sobre o Rendimento de Trabalho (IRT) somou 550 mil milhões (19,9%).

Em tese, os impostos arrecadados pelos governos são revertidos para investimentos e cobrir os custos de bens e serviços públicos, como saúde, segurança e educação, embora o pagamento não garanta ao contribuinte alguma contrapartida.

O povo, já descapitalizado, com uma tísica da algibeira sem precedentes, não pode sempre pagar pela má gestão alheia. Estamos a bater no fundo com a injustiça…e abuso da pacificidade.

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