A noite de passagem de ano ficou marcada por um ataque à cidade de Makiivka, controlada pelos russos. As informações reveladas até agora são bastante contraditórias
O ataque dos últimos dias por parte das tropas ucranianas na cidade de Makiivka, situada no Oblast de Donetsk, tem originado informações contraditórias entre ambas as partes envolvidas no conflito.
As forças ucranianas alegam ter atacado, no dia 31 de dezembro, um quartel russo, tendo matado cerca de 400 militares e ferido outros 300. Segundo a agência Reuters, foram disparados pelo menos 25 rockets durante a noite de passagem de ano.
Já segundo o lado russo, em informações divulgadas pela TASS, os bombardeamentos – realizados dois minutos depois da meia-noite – atingiram um centro de produção de carvão e provocaram apenas 15 feridos, sem referir qualquer número de vítimas mortais.
O líder da República Popular de Donetsk (DPR), Denis Pushilin, garantiu que os ataques foram realizados com recurso ao sistema de mísseis norte-americanos HIMARS, mas que a defesa anti-aérea impediu muitos deles. “O nosso sistema de defesa aérea estava a trabalhar ativamente. Caso contrário, teria havido muito mais ataques. O trabalho bem coordenado não permitiu que o inimigo realizasse esses ataques com impunidade”, disse.
Para além do número de feridos e mortos não ser exato, também existem várias versões quanto ao local. As tropas de Kiev inicialmente disseram que tinham atacado quatro bases militares, a TASS fala num centro de produção de carvão e Daniil Bezsonov, um alto-funcionário apoiado pela Rússia na região de Donetsk, disse que o ataque atingiu um edifício escolar que, segundo informações recolhidas pela Reuters, servia como quartel militar às tropas russas.
