Contrariamente ao que se verificou até quinta-feira (31 de Março), os Balcões Únicos de Atendimento ao Público (BUAP) na capital do país, Luanda, registaram, na manhã desta sexta-feira, uma fraca adesão da população.
O processo, iniciado em todo o país em Setembro de 2021, estava previsto terminar no dia 31 de Março, foi prorrogado por mais sete dias, para permitir o registo daqueles que, por razões de vária ordem, não o conseguiram fazer no preríodo inicialmente estabelecido.
A prorrogação, que começou a vigorar hoje (1 de Abril), resultou de uma auscultação do Chefe de Estado à Comissão Nacional Eleitoral (CNE), devido a afluência da população aos BUAP nos últimos dias do processo.
Neste primeiro dia da prorrogação, em alguns postos nos distritos urbanos do Rangel, Maianga, Sambizanga e Ingombota visitados foi evidente a redução nas primeiras horas desta sexta-feira.
A ANGOP constatou naqueles locais, onde nos últimos dias estavam a ser atendidos em média, no período da manhã, a volta de 100 cidadãos, um atendimento que anda em torno das 10 pessoas e sem filas de espera.
Alguns agentes de seguranças das administrações municipais disseram que não registaram afluência de pessoas para marcar lugar às 4 ou 5 horas, como foi nos últimos dias, uma vez que estas apenas começaram a chegar às 7 horas da manhã e de forma “tímida”.
Nos quatro BUAP, os funcionários afirmaram que estão a trabalhar sem pressão alguma por falta de movimento, tal como disse Francisco Pedro, chefe do BUAP do Distrito Urbano do Rangel.
No mesmo diapasão alinhou Mendonça Ruben, chefe do BUAP da Ingombota, que confirmou a fraca adesão aos serviços.
O registo eleitoral oficioso, iniciado em Setembro de 2021 e teve o término da sua primeira quinta-feira, foi prorrogada por mais sete (7) dias.
Nessa fase, teve mais de 590 BUAP, espalhadas por 164 municípios do país. a província de Luanda contou com 21 postos.
Na diáspora, o processo foi aberto em Janeiro deste ano e decorreu nas missões diplomáticas e consulares, de forma presencial.
As autoridades angolanas estimavam ter na sua base de dados mais de 12 milhões de cidadãos eleitores.